quarta-feira, 15 de junho de 2011

TRATADO DA ALEGRIA



TRATADO DA ALEGRIA
de José Leon Machado


É uma colectânea que recolhe os poemas do autor compostos entre 2001 e 2008, seguindo-se cronologicamente à obra Prosa Versificada II. Está dividida em duas partes: "Restos de uma estética romântica" e "Últimos Poemas". Na última composição, a mais breve da colectânea, o escritor diz:



A tinta escorre pela memória

E desfaz-se nos dedos.

Não há mais palavras a tecer.



José Leon Machado (n.1965, Braga), é o pseudónimo literário de José Barbosa Machado, professor de Semiótica e de Língua e Cultura Portuguesas na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Portugal). É um dos autores da nova geração literária portuguesa.

Licenciou-se em Humanidades pela Faculdade de Filosofia de Braga em 1991. Começou em 1990 a trabalhar como professor na Escola Secundária de Vila Verde. Em 1997, termina o mestrado em Língua e Literatura Portuguesas na Universidade do Minho. Em 1999 vai trabalhar como assistente para a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde faz o doutoramento (2002).

A temática das suas obras vai desde a questão das origens, passando pelo fim do mundo rural, até à perda da memória cultural da sociedade moderna. O seu estilo simples, sem ser simplista, destoa do panorama da literatura portuguesa actual, com tendências para a vulgaridade por um lado e para a obscuridade e o barroco por outro. A escrita do autor afasta-se destas tendências e tem um pendor clássico, dentro da tradição de Eça de Queirós e Vergílio Ferreira, sem porém cair na imitação fácil.
A sua produção literária é variada. No entanto, tem-se evidenciado como contista, com três colectâneas de contos publicadas: Fluviais (2001), Os Incompatíveis (2002) e Jardim sem Muro (2007); e como romancista de ambientes históricos: O Guerreiro Decapitado (um romance cuja acção se passa no século I d.C. durante a colonização romana do território que actualmente corresponde a Portugal), Memória das Estrelas sem Brilho (um romance sobre a participação dos Portugueses na Grande Guerra), e A Vendedora de Cupidos (um romance que se passa no contexto da segunda Guerra Mundial).
Os romances O Cavaleiro da Torre Inclinada (2009) e A Planta Carnívora (2011) reflectem a experiência do autor como professor universitário, uma vez que a temática destas obras é a vida académica. Aproximam-se, no uso da ironia e nalgumas situações de âmbito amoroso, de alguns dos contos presentes em Os Incompatíveis.


Publicou os seguintes livros de ficção:
O Guerreiro Decapitado (romance, Campo das Letras, 1999);
Fluviais (contos, Campo das Letras, 2001; Grande Prémio de Literatura ITF 2002);
Os Incompatíveis (contos, Campo das Letras, 2002; Prémio Edmundo Bettencourt 2001 da Câmara Municipal do Funchal);
Braços Quebrados (romance, Edições Vercial, 2003);
O Construtor de Cidades (romance, Edições Vercial, 2004);
Não me Guardes no Coração (romance, Pena Perfeita, 2005);
Quero Cortejar o Sol (diário, DG Edições, 2006).
A Bruxa e o Caldeirão (com ilustrações de Nuno Castelo; literatura infantil, Edições Vercial, 2006).
Jardim sem Muro (contos, Edições Vercial, 2007).
Memória das Estrelas sem Brilho (romance, Edições Vercial, 2008).
O Cavaleiro da Torre Inclinada (romance, Edições Vercial, 2009).
A Vendedora de Cupidos (romance, Edições Vercial, 2010).
A Planta Carnívora (romance, Edições Vercial, 2011).