terça-feira, 14 de junho de 2011

“Miscigenação”



“Miscigenação”

Abrem-se os brotos do tempo
Nas elegias do momento
Pincelando a natureza
Num arco-íris de rara beleza,
Deixando fluir os seus mais
Puros momentos de inspiração,
No brilho dos cristais
Da primavera.
Doce quimera
Superando o brilho das estrelas
A quem fez por merecê-las,
Nas diferentes formas e cores
Cheia de magia e odores.

Provada magnitude
Em premissas e virtude
Das vivências do dia-a-dia.
Fecunda poesia
Lapidando horizontes
Ainda por rasgar.
Constelação bordada do olhar,
Trazendo à magia do sentimento
Toda a beleza e encantamento.

Por entre alvorada
E treva, brilho iridescente
Se propaga,
Emerge, a espécie eleita
Na matriz pura.
Obra perfeita,
Arquitectada
Miscigenação que perdura,
Atravessando os sulcos da memória,
Onde termina o texto ázimo da infância,
Reinventando o que dela resta, num outro idioma.
Tempo docemente renovado,
Pelo momento, pela História,
Nova fragrância,
Doce aroma,
Invade e emana
Da tela e na porcelana…

Libânia Madureira