sexta-feira, 3 de julho de 2009

Histórico do Museu Maria da Fontinha


Histórico do Museu Maria da Fontinha
Museu Maria da Fontinha, em requalificação até Maio de 2009
Este Museu foi construído durante os anos de 1982 e 1984; situando-se num local de beleza deslumbrante. Do edifício vêem-se dezenas de aglomerados populacionais, predominando os verdes dos montes, os amarelos vivos dos tojos e giestas, os roxos e lilases das urzes e dos rosmaninhos e todo o Vale do Paiva. Aí, em casa centenária, viveu uma Mulher, exemplo de Mãe e Cidadã, cuja bondade ainda hoje é recordada pelos mais idosos, seus contemporâneos. Muito se tem escrito sobre Maria do Carmo do Rosário, de seu nome, do Museu da Fontinha, do lugar de Além do Rio. Viveu 73 anos, tendo falecido na Cidade do Rio de Janeiro, em 3 de Maio de 1970, aquando da sua primeira visita ao Brasil, a rever os dois filhos que aqui aí se encontravam desde a década de quarenta, desempenhando funções de Direcção na empresa “Mateis e Cª Têxteis”, na Rua dos Beneditinos, primeiro e na Rua Visconde de Inhaúma, depois. Descendentes, brasileiros, deixou e existem filho, nora, três netos e cinco bisnetos. Os seus restos mortais encontram-se hoje no Jazigo da Casa da Fontinha, cuja construção, de estilo “clássico”, totalmente de granito maciço, contém o seu sarcófago, específica e artisticamente concebido, de acordo com o seu merecimento.É desde sempre íntima a relação das suas gentes com o Brasil que todos admiram e amam; sendo certo que quatro irmãos na Maria da Fontinha aqui estão sepultados e cá vivem seus filhos, netos e bisnetos, todos brasileiros. Foi inaugurado o Museu, em 5 de Agosto de 1984, pelo Presidente da República Portuguesa, General António Ramalho Eanes e Exma. Esposa, com a presença do então Ministro da Cultura, Dr. Coimbra Martins; representante dos Embaixadores do Brasil, Espanha e Autoridades diversas.É, eventualmente, o Museu particular do País mais completo e com maior número de obras. Assim, do seu acervo, constam hoje cerca de 1400 quadros, 250 esculturas; centenas de peças e alfaias de etnografia; milhares de exemplares de mineralogia e geologia; idem, de moedas romanas; porcelanas “Companhia das Índias”; faianças e cerâmicas portuguesas; curiosidades diversas e, inequivocamente, o maior acervo de pinturas (cerca de 300), esculturas (cerca de 30) e peças, oriundas do Brasil e ou de Autores Brasileiros (neste momento, talvez o maior acervo no exterior ao Brasil).As entradas são gratuitas. O Museu é financiado inteiramente pelo seu Director e pelas empresas de que este é Administrador, v.g. São Macário Turismo, Mariparque, S.A., Pousos Alegre-Empreendimentos Turísticos de Leiria, S.A., Aldeamento Varandas do Lis e Reimobil-Imobiliária da Quinta do Rei, Lda. O seu Director, ou pontualmente outro “Amigo do Museu”, em representação desta, actuam, como jurados, sistematicamente, em Concursos de Pintura e Escultura. A Capela do Museu, está dotado de frescos, de rara beleza e sensibilidade que ali foram pintados, durante meses, pela Brasileira, Maria Alcina Castelo Branco. Nesta deparam-se-nos também 14 peças artísticas do grande escultor Francês, do séc. XIX, “DUTRUC”. Do seu acervo constam cerca de 700 Artistas, pelo que seria fastidioso nomeá-los. No entanto, dos já falecidos, sempre se referem originais de Soares dos Reis, Teixeira Lopes, Jorge Barradas, António Paiva, Delfim Maya, José Rodrigues, António Duarte, António Santos; e muitos outros, quanto a escultores Malhoa, Sousa Pinto, Smith, Cândido da Cunha, Carlos Reis, Silva Porto, Columbano, Alves Cardoso, Abel Salazar, Manuel Filipe, Rezende, Anunciação, Domingos Sequeira, Vieira da Silva, Arpad Szenes, João Vilaret, António Saúde, Eduardo Viana, Dali, Lozano, António Carneiro, e Di Cavalcanti, Glauco Chaves, Carlos Gomes, Cordélia Andrade, Sampaio Parreiras, José de Dome e Óscar Tecídio e muitos outros, pintores. Estão ali representados, hoje, mais de 170 Autores Brasileiros. Em 2000, levou a efeito dez grandiosas exposições, compostas de 500 peças (pintura, escultura, “vária”), do Brasil, em 10 cidades do País, com o tema “BRASIL 500 ANOS”, as quais foram em todos os locais muito apreciadas. Possui as medalhas dos Concelhos de Castro Daire, Batalha, Figueiró dos Vinhos e das Cidades de Pinhel, Leiria, do Embaixador Jean Dawalibi, da Ordem dos Advogados, da Casa-Museu Rosália de Castro; Galardão da Sociedade Artística e Musical de Pousos, do Rancho da Região de Leiria, da Casa do Minho do Rio de Janeiro, do Coral do BNU, da Tertúlia Vimaranense (Cidade de Guimarães). Tem sido muitas vezes ao longo da sua existência divulgada em revistas e jornais.Visitaram-na já Presidentes, Embaixadores, Ministros, Bispos e milhares de Artistas que deixam sempre as suas favoráveis e enaltecedoras opiniões (espanhóis, franceses, alemães, ingleses, brasileiros, argentinos, mexicanos, israelitas, moçambicanos, angolanos, irlandeses, russos, ucranianos e italianos, nomeadamente). Constitui-se, actualmente o “Grupo Museológico do Automóvel Antigo e Clássico”, compreendendo já 57 unidades, desde 1909 a 1980; com exemplares raríssimos a outros que são lenda e ou pertenceram a personalidades mundiais. É intenção firme autonomizar-se do existente, todo o património artístico de raízes brasileiras, constituindo-se o “Grupo Museológico de Artes Brasileiras”, cujas Salas, à semelhança do que se nos depara actualmente, terão, cada uma, o seu respectivo Patrono, dentre os Grandes reconhecidos; os quais são, felizmente, muitos. Estreitam-se cada vez mais as relações do Museu com os Artistas Plásticos do Brasil e com Instituições Culturais que os representam. Tal movimento vai, por todos os meios disponíveis, ser incrementado, para enriquecimento do Belo, da Arte, da Beleza, e das relações entre o Brasil e Portugal.
Publicada por Arménio Vasconcelos